segunda-feira, 14 de maio de 2007

VLADIMIR HERZOG

Editor de cultura da revista Visão (primeira revista quinzenal de conteúdo), diretor do primeiro telejornal da realidade brasileira como a ditadura não queria mostrar, diretor de jornalismo da TV Cultura, apaixonado por cinema e televisão, o judeu Vladimir Herzog foi morto na ditadura militar acusado de ser comunista, conforme foi comprovado anos depois, desmistificando o suicídio divulgado na época.

Vlado, como era conhecido, foi preso, torturado e morto no DOI CODI (edifício utilizado para repressão política durante o regime militar). O que vemos no filme são relatos de vítimas da violência e covardia exercidas pelo militarismo, que dizimou famílias e dilacerou a dignidade de homens e mulheres de bem, cujo maior ideal era ver o Brasil livre e desarmado.

A ditadura militar foi um marco importante na história do jornalismo brasileiro, gravando com o sangue derramado desses homens, a luta dos grupos militares com ideais políticos distintos. Além de ressaltar a brutalidade e terror com que era tratada a imprensa nacional e todos aqueles que explicitassem algum ideal diferente do imposto. Era proibido discordar.

Uma semana após a morte do jornalista é realizado um ato ecumênico na Catedral da Sé clamando por paz. O ato reuniu 8 mil pessoas e toda a sociedade paulista representada em seus diversos segmentos. Foi o momento de unir forças e protestar contra a falta de humanidade e respeito dos governantes vigentes.

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